As vacinas contra a covid-19 ao redor do mundo

A pandemia da covid-19 gerou grande pânico em todo mundo. Durante muitos meses, não se sabia ao certo qual seriam as reais consequências do alastramento do vírus e muito menos o que nós iríamos precisar fazer para conseguir controlar as consequências da doença. Os governos do mundo todo então, diante do estado da situação, começaram a se organizar para desenvolver uma vacina contra a covid-19. As vacinas, então, se tornaram o fator chave para criar o caminho de volta à normalidade a qual nós estávamos acostumados. Existem, infelizmente, diversos obstáculos para o desenvolvimento dessas vacinas. Governos começaram a competir desde o início do desenvolvimento das vacinas, o que tem levado países sem potência de competir para trás, não alcançando realmente a todo o mundo. Outros problemas graves também têm acontecido como, por exemplo, a rejeição por uma parte da população a vacina.

Trouxemos então um compilado das vacinas desenvolvidas e a atual condição de sua aplicação.

       —  BioNTech/Pfizer: essa vacina usa a tecnologia de mRNA que é desenvolvida através da replicação de sequências de RNA por meio de engenharia elétrica. Essa foi a primeira vacina aplicada e aprovada pelas agências de controle mundiais. Ela foi desenvolvida por dois médicos alemães. Depois de serem realizados todos os testes que eram necessários, foi constatado que a sua eficácia é de 95%. Em 23 de fevereiro a vacina foi aprovada pela ANVISA e no dia 19 de março o governo de nosso país iniciou a compra de milhões de doses.

     —    Sputnik V: é uma vacina produzida na Rússia, aprovada em agosto de 2020, que usa a tecnologia do vetor viral, ou seja, utiliza outros vírus manipulados que não tem potência de causar nenhum dano ao organismo e podem produzir uma reação de combate ao vírus. Ela ficou conhecida por ter sido recebida com muita cautela pela comunidade científica já que, teoricamente, haveria falta de informações fundamentais que comprovassem sua eficácia. Ela tem como foco de venda tanto os países desenvolvidos, quanto os países considerados de 3º mundo. A sua eficácia é de 91,6% contra a covid-19. No Brasil, ela foi recentemente, no dia 26 de março, protocolada com pedido de uso emergencial da vacina.

     —    Oxford/AstraZeneca: produzida pela Universidade de Oxford,  essa vacina usa uma tecnologia conhecida como vetor viral não replicante, ou seja, utiliza o vírus vivo sem poder de se replicar no corpo humano. É considerada uma das vacinas mais fáceis de ser administrada, podendo ser guardada em geladeiras comuns. Foram apresentados dois resultados diferentes para a eficácia desta vacina: 62% para duas doses e 90% para meia dose mais outra dose completa. A eficácia média seria então de 70%. No Brasil, ela começou a ser aplicada no dia 12 de março depois da transferência dessa tecnologia para Bio-Manguinhos, o local produtor de imunobiológicos da Fiocruz.

       —  CoronaVac/Butantan: é feita com o vírus inativo. Sua criação ocorre por meio da multiplicação do vírus dentro de uma cultura de células e depois é inativado através de processos químicos ou aumento de temperatura (calor). Quando o corpo entra em contato com a vacina, ele acaba gerando então anticorpos que protegem esse contra o vírus. A eficácia da CoronaVac foi comprovada em 50,38%. Porém, a vacina tem 100% de eficácia contra a versão grave da doença e 78% para a versão mais branda. A vacina foi criada originalmente pela empresa de fármacos chinesa Sinovac e depois a tecnologia foi passada para o Instituto Butantan no Brasil. A aplicação da vacina em nosso país começou no dia 17 de janeiro após aprovação emergencial da  Anvisa.

  Tomar a vacina não garante que você não possa entrar em contato com a covid-19 e infectar outras pessoas. Portanto, mesmo após passar por este processo, os cuidados deverão ser mantidos por um longo tempo para que o controle possa finalmente ser efetivo. Utilizar máscaras, não aglomerar e utilizar álcool em gel, deverão ser comportamentos mantidos após a vacinação. Além disso, a vacinação tem chegado aos países há pouco tempo. Pensando especialmente no Brasil, a chegada tem demorado muito, devido ao atraso na solicitação de vacinas estrangeiras. Então, com a vacina sendo aplicada em duas doses, a garantia de uma proteção mais completa irá demorar mais do que o normal e portanto, não temos ainda a garantia de segurança. Portanto, somente se cumprirmos todas as recomendações de segurança da OMS, mesmo vacinados, poderemos garantir a proteção de todos.